No Japão, volante Alceu destaca diferenças entre o futebol brasileiro e admite voltar ao MAC no futu
Depois de participar das campanhas do acesso no MAC (Marília Atlético Clube), Alceu Rodrigues Simoni Filho, o Alceu, tornou-se mais um dos muitos brasileiros que foi ganhar a vida jogando futebol no Japão. O volante de 31 anos, com passagens por diversos clubes brasileiros, defende agora o Montedio Yamagata na primeira divisão da J-League.
O jogador se transferiu para o time nipônico no início do ano. Apesar da equipe lutar contra o rebaixamento, o atleta garantiu estar feliz com o retorno ao Japão. O camisa 5 participou de 17 jogos pelo Montedio e no último dia 27 de maio marcou um dos gols da vitória por 2 a 1 sobre o Vegalta Sendai, válido pela Copa Nabisco.
Identificado com Marília, Alceu revelou que ainda acompanha o MAC. O volante lamentou a campanha que resultou no rebaixamento no Campeonato Paulista 2015, mas acredita em uma retomada do time maqueano. Além disso, admitiu que voltaria a defender o Marília no futuro.
Confira nesta entrevista exclusiva feita pelo Marília Gol um pouco mais sobre o momento de Alceu na “Terra do Sol Nascente”.
Marília Gol: Como é jogar novamente no Japão agora pelo Montedio Yamagata? Qual a situação do time?
Alceu: Estou muito feliz e está sendo ótimo atuar por aqui. A situação nossa no campeonato japonês infelizmente é complicada. O time ocupa a zona de rebaixamento (16º colocado com 14 pontos), mas vamos lutar até o fim para sair dessa situação.
Alceu atua ao lado do atacante brasileiro Diego Souza no Montedio Yamagata (Foto: Kaz Photography)
MG: Por já ter passado pelo Japão anos atrás no Kashiwa Reysol e Sapporo sua adaptação ao Montedio foi tranquila? Teve alguma dificuldade?
Alceu: Foi tudo tranquilo não tive nenhuma dificuldade tanto no campo como no cotidiano. A cultura do país, idioma é bem diferente, mas tudo está servindo como aprendizado para crescer na carreira e na vida.
MG: Em relação a organização, nível técnico, treinamentos, calendário e dirigentes o futebol japonês é muito diferente do Brasil?
Alceu: Sim é bem diferente do futebol brasileiro a começar pela correria. O jogo é bastante corrido de muita velocidade e o nível caiu em comparação a minha primeira passagem em 2007 pelo Kashiwa Reysol. Agora em relação à organização, o pessoal é muito organizado, tudo é feito nos mínimos detalhes. No geral o futebol aqui é encarado de maneira diferente do Brasil. Eles tratam como um evento é muito legal e contam com muito respeito das torcidas.
MG: Qual a duração do contrato com o Yamagata? Pensa em retornar ao Brasil no futuro? Voltaria a jogar pelo MAC (Marília Atlético Clube)?
Alceu: Meu contrato vai até o final de 2015. Penso em voltar ao Brasil sim, mas não agora pois pretendo continuar no Japão. Sobre o MAC, com certeza voltaria. Tenho uma grande identificação com Marília.
MG: Você chegou a acompanhar a campanha sofrível do MAC que foi rebaixado no Paulista da Série A-1 sem vencer uma partida? O que achou?
Alceu: Acompanhei sim. Foi lamentável o time cair depois de tanto sacrifício para subir, mas o futebol sem organização e planejamento não existe. Agora sei que o Antonio Carlos, o Sojinha, está a frente do MAC trabalhando junto com o Bruno Quadros e eles são excelentes profissionais. Tenho fé e acredito que vão fazer um bom trabalho no Marília.
MG: Mesmo distante sabemos da sua identificação com o Marília. O que diria sobre o futuro do MAC? O clube agora está priorizando as categorias de base e em 2016 jogará a Série A-2.
Alceu: Tudo começa com uma base forte e sólida. Como eu disse antes o clube tem pessoas competentes à frente e acredito que já já estarão colhendo bons frutos.
Alceu marcou o primeiro gol da vitória do Montedio sobre o Vegalta na Copa Nabisco (Reprodução/Youtube)